



Monumento à Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG), Praça Mauá (cidade do Rio de Janeiro, Brasil)
História Naval brasileira
História Naval
Quando tudo começou
Após ter descoberto o Brasil, portugueses fascinados pela vasta imensidão de riquezas ao longo do oriente, no intuito de explorar novos territórios acabaram se descuidando de sua mais nova conquista, a colônia brasileira, que de tal maneira passou a ser cobiçada e posteriormente invadida pelos franceses, estes que por sua vez foram dominando novos territórios entre o Cabo de São Roque e o Rio de Janeiro por mais de um século e somente em 1567, liderado por Mem de Sá no comando de uma esquadra com a ajuda dos índios usando embarcações a remo colaboraram para a expulsão dos invasores da Bahia de Guanabara, surgindo assim a Marinha do Brasil. Porém, a França Equinocial não desistiu de sua exploração, mudaram sua rota para o norte do país se estabelecendo dessa vez no Maranhão.
Dessa forma, em 1615 com a conquista pelo domínio do mar os portugueses e brasileiros conseguiram expulsar os franceses do Maranhão, fato que surgiram grandes homens como Jerônimo de Albuquerque, mestiço e ídolo dos indígenas, responsável por chefiar uma esquadrilha de navios, tornando-se posteriormente o primeiro comandante naval brasileiro, Alexandre de Moura, português, encarregado da expedição, e Martim Soares Moreno, brasileiro, comandante da Barca Santa Catarina e participante destacado nas ações.
Ministério da Marinha
Criada em 28 de Julho de 1736 por D. João V e posteriormente reorganizada por D.João VI a Marinha brasileira pode ser considerada como um grande marco para a história do Brasil. Em 1808 D. João Rodrigues de Sá e Menezes - Conde de Anádia foi nomeado nosso primeiro Ministro da Marinha.
Independência
Nossa força naval seguia comandada pelo Almirante inglês Lord Thomas Cochrane, juntamente com marinheiros e outros oficiais rumo a Salvador que estava dominada pelo exército do General Madeira de Melo.
Após o grito do Ipiranga, fez-se necessário a atuação da Marinha para evitar a fragmentação do país e consolidar sua Independência. Assim, em 14 de novembro de 1822 pelo mar, rumo a Montevidéu seguia a primeira esquadra brasileira com o objetivo de tirar do domínio português a Província Cisplatina.
A esquadra de Cochrane composta de uma nau, três fragatas, duas corvetas e seis brigues, seguia liderando a batalha em seu melhor estilo inglês, contra a esquadra portuguesa, também composta por uma nau, duas fragatas, três corvetas, cinco brigues e duas escunas, porém, após traição de seus próprios marinheiros, que era portugueses Cochrane foi obrigado
a voltar para a baía do Morro de São Paulo.
Após refazer sua tripulação o almirante Cochrane voltou a atacar os portugueses e a bloquear a Baia impedindo os mercantes de abastecer a cidade, ocasionando o abandono de Madeira de Melo a Bahia, retornando a Europa, enquanto o Almirante seguia para o Maranhão onde permaneceram na baía de São Luiz, arvorando sua bandeira portuguesa e fazendo com que os portugueses aceitassem a subordinação do império e assim o fez, dominando todos os territórios no norte e nordeste do país.
Assim como na guerra da Independência, como em movimentos da província, na Confederação do Equador, 1923, até a Balaiada, 1841 a Marinha sempre esteve presente.
Logo após tantas conquistas o império brasileiro entrou em guerra contra o Prata, esse que visava anexação ás Províncias Unidas do Prata, posteriormente Argentina. Como estratégia a esquadra brasileira bloqueou o estatuário do Pranta durante o período de 1825 a 1828. Alianças com outros países foram feitas e após a primeira intervenção do Império no Cone Sul foi decretado independência da Banda Oriental do Uruguai, onde o Brasil e a futura Argentina não poderiam interferir, porém isso não aconteceu. Em 1851 o ditador da Argentina, D. Juan Manuel de Rosas, em aliança com o uruguaio D. Manoel Oribe tentaram o restabelecimento do antigo Vice-Reinado do Prata, no qual o Império se aliou com inimigos de Rosas, onde obtiveram sucesso e triunfaram em Buenos Aires.
Repetidamente o Brasil interferiu na política Uruguaia, contrariando os planos políticos e as alianças uruguaias, dando origem a guerra da Tríplice Aliança, onde o Vapor Marquês de Olinda no Rio Paraguai foi apreendido e invasões em territórios nacionais foram feitas. Muitos dos navios brasileiros foram feitos antes da guerra, no qual foram projetados para operar no mar e não em águas limitadas como as do cenário dos rios Paraná e Paraguai que exigia muita habilidade.
A Marinha brasileira teve vitória na batalha naval do Riachuelo e comemora até hoje no dia 11 de Junho, o feito daqueles homens que lutaram bravamente.
A Marinha nas Guerras
A Marinha entrou em combate novamente na 1ª Guerra Mundial enviando oito de seus navios de guerra para o conflito no Mediterrâneo e na Costa da África e com o objetivo de patrulhar o Oceano Atlântico criou a Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG), cuja missão era evitar ataques dos submarinos alemães os U-boats.
A partir de Abril de 1917 o Brasil rompeu relações com a Tríplice Aliança, pois passou a sofrer vários ataques com vítimas e posteriormente declarou guerra aos países da Tríplice Aliança, em outubro de 1917.
Sobre a DNOG
Criada em 1918, constituída por três divisões navais :Norte, Centro e Sul e posteriormente agrupada em uma única divisão a DNOG tinha como missão patrulhar o Oceano Atlântico. Era comandada pelo Contra-Almirante Pedro Max Fernando Frontin, um oficial de estimável prestigio que atuava sobre o comando britânico. Após várias batalhas a esquadra naval cumpriu sua missão e foi dissolvida no ano de 1919.
A marinha brasileira na 2ª Guerra Mundial
A Esquadra brasileira não estava preparada para mais uma grande guerra, não dispunha de armas e nem de equipamentos, além de não ter nenhum conhecimento em defesa antissubmarino. Dessa forma, sua principal função era fazer passar o comboio de maneira segura, escoltar o transporte da FEB, Força Expedicionária Brasileira e fazer o patrulhamento do Oceano Atlântico.
A Marinha nos dias atuais
Desde os primórdios a Marinha sempre foi muito importante para o Brasil. Hoje está entre as três Forças Armadas responsáveis por garantir a segurança da pátria. Cuida da extensa área aquática, faz policiamento na costa brasileira e é responsável pelas operações navais.


Emblema da Marinha brasileira

Foto oficial dos ex-Comandantes em Chefe da Esquadra.
Foto: Marinha do Brasil
